terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Tudo é tão importante em nossos dias!



Tudo é tão importante em nossos dias!
Tudo possui uma rotina mágica!
Tão forte que basta a distância de um dia para doer dentro da gente!
Nem sempre nos damos conta daquela árvore!
Da cor das flores do jardim do vizinho!
Do Bom Dia carinhoso do jornaleiro!
Do pão preferido pela manhã!
Da quantidade de estrelas que podemos contar!
Das ruas tranquilas!
Os muros sem rabiscos inúteis!
Os parques limpos!
As janelas que dormem abertas!
O cheiro de tranquilidade do cair da tarde!
Nem sempre nos damos conta que tudo tem muito da gente!
Desde o material ao emocional!
É como se nos espalhássemos pelas coisas e pessoas!
E sem elas ficássemos pela metade!
Sem complemento!
Nem sempre nos damos conta das digitais que marcam nosso corpo e alma!
Nem sempre nos damos conta que não somos únicos!
Somos nós!

-Mony Mello-

sábado, 19 de dezembro de 2009

VESTIDA DE AMOR



VESTIDA DE AMOR


Sensiveis toques
onde morrem suas maos
num aconchego de delicias

o ziper escorrega
a blusa se abre
os seios movem-se
com a respiracao
mostro-me com pudor
enquanto seus olhos
me despem com amor

bendita seja
suas maos experientes
que me entorpecem
e seu olhar que derrama
em meu corpo
pura adrenalina

Sei que voce sente
o tremor da minha pele
em cada curva
e a volupia lenta
de meus gestos

Sensiveis toques
que quando se unem
incontrolaveis
despem o pudor
e o corpo entrega-se
vestindo-se nu
de amor

Mary Fioratti

PALAVRAS INÚTEIS




Tantas palavras inúteis
sentimentos inexplicados
solidão sem tamanho
alma machucada, momento parado
desilusão!
tantos engasgos entre pensamentos
frases paradas no tempo
no passado, no presente
estradas longas, passos que se arrastam
minutos que são longos
realidade estampada
na lentidão das horas
tantas palavras inúteis
tentando explicar coisas
que são etéreas, e maravilhosamente reais

Pausa!



coração que bate a distancia
como um tambor anunciando uma guerra
flui do corpo uma energia
espargindo-se no ar parado e sufocado
da distancia
tantas palavras inúteis
quando o coração esta inflamado
louco e disparado
quando o corpo geme de desejo
e a madrugada se transforma
num orgasmo calado, sufocado
tantas explicações sem motivo
quando lá fora a chuva cai intermitente
e molha essa saudade em cada

g

o

t

a

que cai na terra cheia de folhas secas
tantas palavras inúteis
para se explicar solidão
quando por si mesma ela se torna
um grande monstro sem formas
que segreda em nossos ouvidos
um amor irracional
passional
louco
manso
vital
tantas palavras inúteis
quando o encontro das almas
explode nas palavras e nos sentidos
quando a dependência do amor
se faz presente a cada dia
mostrando nesse momento
que nenhuma palavra dita
seja ela de dor
ou ódio
ou revolta
poderá mudar dentro de mim
este sentimento

Maria Fioratti

REFÉM




REFÉM


leva-me como sua refém
prende-me dentro de seus olhos
em um "para sempre"....
com suavidade
minha boca macia e umida
quer sentir o seu beijo molhado
e a ansia desse amor
em cada gesto
lentamente demonstrado
leva-me como sua sombra
quero tomar conta de sua alma
como um anjo protetor
espalhando em seu caminho
pedacos do meu amor
A noite, deita-me na cama
desfolha meu corpo em versos
despetala-me!
faz-me flor desabrochada



Sussurra em meus ouvidos
aquelas palavras proibidas
deixe-me em extase!
depois caia sobre meu corpo
abraca-me com sua paixao
de-me aquele seu sorriso
de fim de noite
beija-me de um modo terno
e quando enlaçar suas mãos nas minhas
sinta-as nas suas, mornas e calmas
e com os olhos fechados
alma repleta, corpos suados
descansemos por um instante
a volupia de nossas almas....


Mary Fioratti

EMPRESTA-ME SEU CORAÇÃO




EMPRESTA-ME SEU CORAÇÃO



Empresta-me o seu coração
deixa-me senti-lo por um instante
dentro de meu peito
quero ouvir suas batidas
sentir suas emoções
no seu relógio de vida
silenciosa quero ouvir
o que sua alma segreda
os seus lamentos, seus medos,
rir com suas alegrias
deliciar-me com seus segredos
quero seu coração pulsante
dentro de meu peito
somente por um instante
chorar com suas tristezas
entender essa sua agonia
sentir sua lágrima em meu rosto
seu riso em minha boca
beber toda sua poesia...
Empresta-me o seu coração
que ele bombeie sangue em meu corpo
lave minhas veias
desmanche minhas teias
faca-me pura emoção
embebida, quero fechar os meus olhos
e emocionada sentir sua vida
em minhas mãos


Mary Fioratti

NOSSOS SONHOS




NOSSOS SONHOS


Hoje você me deu seus sonhos
e fiquei a olhá-los
com meus olhos meio encantados
analisando-os com com cuidado
ah! esses sonhos
eles estavam já pálidos em sem brilho
meio desacreditados
fui bem no fundo de meu coração
e peguei umas tintas
meio douradas
assim parecidas
com enfeites de Natal
Coloquei meu avental de ilusões
peguei minha prancheta de encantos
e ali coloquei
todos os seus sonhos
com a suavidade de minhas maos
dei uma pincelada de dourado
no horizonte
das suas esperanças
pintei um sol alaranjado
nas montanhas
das suas ilusões
salpiquei de purpurina prateada
o mar azul
de suas tristezas
pintei nesse mar um barco
e dentro dele coloquei você
eu estava ali acenando
em cima de sua montanha
dizendo: “Estou aqui!”…
porque na paisagem de seus sonhos
eu sei que sou
a imagem derradeira
do Amor
da Esperança
da Alegria
e ali estarei sempre!
nas tempestades eu o amarrarei
nos mastros
para que voce lute
contra o vento e os relâmpagos
nos dias de sol
eu o deixarei livre
navegando com sua alma solta
expondo-se ao sol
reluzindo sua ternura
e cada vez que eu lhe acenar
... me acena!
e uma flor em sua alma
vai devagarzinho florescer
e quando ela secar
completamente
planta na terra do nosso amor
uma nova semente
e você verá novamente
sua esperança florescer!


Mary Fioratti

O VENTO DO SEU AMOR



o vento do seu amor
levanta sempre
o telhado do meu sentir
derruba os tijolos cimentados
pelo tempo
restaura as paredes velhas
com pintura fresca
balança as estruturas
sacode velhas poeiras
refresca e aera minha vida



o vento do seu amor
vem violento
e em certas horas calmo
e nele eu entro em espiral
rodando meu corpo
perdendo-me nos sentidos
tentando equilibrar-me nas paredes
entregando-me ao vendaval




o vento do seu amor
sopra lá dentro do meu peito
mexe com a minha emoção
estremece as portas de minh'alma
com labaredas de fogo puro
em meu coração




seu amor me renova
refresca
purifica
veia de sangue puro
que lateja
dia e noite, noite e dia

.
.
.
.
.

em minha vida




Mary Fioratti

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

DESEJO


À exceção de nossos pensamentos não há nada de tão absoluto em nosso poder. (René Descartes)


Desejo

Desejo primeiro que você ame, e que amando, também seja amado. E que se não for, seja breve em esquecer. E que esquecendo, não guarde mágoa. Desejo, pois, que não seja assim, mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos, que mesmo maus e inconseqüentes, sejam corajosos e fiéis, e que pelo menos num deles Você possa confiar sem duvidar.

E porque a vida é assim, desejo ainda que você tenha inimigos. Nem muitos, nem poucos, mas na medida exata para que, algumas vezes, Você se interpele a respeito de suas próprias certezas. E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo, Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil, mas não insubstituível. E que nos maus momentos, quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante, não com os que erram pouco, porque isso é fácil,mas com os que erram muito e irremediavelmente, que fazendo bom uso dessa tolerância, Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem, não amadureça depressa demais, e que sendo maduro, não insista em rejuvenescer e que sendo velho, não se dedique ao desespero. Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e é preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste, não o ano todo, mas apenas um dia. Mas que nesse dia descubra que o riso diário é bom, o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra , com o máximo de urgência, acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos, injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato, alimente um cuco e ouça o joão-de-barro erguer triunfante o seu canto matinal porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente, por mais minúscula que seja, e acompanhe o seu crescimento, para que você saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro, porque é preciso ser prático. E que pelo menos uma vez por ano coloque um pouco dele na sua frente e diga "Isso é meu", só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra, por ele e por você, mas que se morrer, você possa chorar sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem, tenha uma boa mulher, e que sendo mulher, tenha um bom homem e que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes, e quando estiverem exaustos e sorridentes, ainda haja amor para recomeçar.

E se tudo isso acontecer, não tenho mais nada a te desejar.

(Vitor Hugo)

www.rivalcir.com.br
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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

VERBO SER

VERBO SER


Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser.
Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.

Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho


No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra

Carlos Drummond de Andrade

Amor é ...


Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.

Carlos Drummond de Andrade

Memória


Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Carlos Drummond de Andrade

Falar é completamente fácil,
quando se têm palavras em mente
que expressem sua opinião.

Difícil é expressar por gestos e atitudes
o que realmente queremos dizer,
o quanto queremos dizer,
antes que a pessoa se vá.

Carlos Drummond de Andrade

Ao Amor Antigo


Ao Amor Antigo
O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.

Carlos Drummond de Andrade

AUSÊNCIA


AUSÊNCIA
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

A UM AUSENTE


A UM AUSENTE

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste

Carlos Drummond de Andrade

Cortar o tempo


Cortar o tempo

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente
Carlos Drummond de Andrade

As sem-razões do amor

As sem-razões do

amor
Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.


Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Em busca de algo...


Em busca de algo...
Serei eu bonito nos teus olhos
Engraçado no teu olhar
Sincero no teu sorriso
Importante no teu pensamento
Excitante no teu desejo
Provocante no teu inconsciente
Louco no teu apetite
Impaciente no teu amor
Obediente na tua resposta
Sensível no teu coração
Romântico no teu beijo
Eterno na tua alma
Feliz nos teus braços
Homem na mulher que és

Um sonho alcançado
É como a liberdade de um passarinho
Que toda a sua vida viveu preso no seu próprio ninho
Sempre lutando e perseguindo a esperança de salvar o seu pensamento
Este pois, nunca deixou de acreditar na força da sua verdade
Que predomina a realidade das nossas vidas...

Publicada por Vitor Bento

quinta-feira, 9 de julho de 2009

ESTRELA e a POESIA



Estrela e a Poesia



És um mágico poema

nascido de uma canção

entrelaçada e adormecida,

que tece sua ausência

nas rimas que se quebram

vazias de ti...



Teu brilho em horizontes distantes,

deixa ver primaveras sem lágrimas

onde a mecânica celeste,

debruça sobre ti

seu mágico manto rendilhado de luzes...



Serás parte do mistério

desconhecido e inesperado;

caminhando sem tardar

nas noites do Universo

em sua longa trajetória.



Conceição Bentes

VIDA


Vida
Vacilo, mas me atiro
nesta incerteza que é a vida
templo dos fracassos
reduto de vitorias
O peso que me sustém
num balé de notas desafinadas
ampara meus passos tortos
reduzidos a migalhas
E deslizo sobre a alma
incansável de mim
suave como a liberdade da perda
singular no meu longínquo ser,
solitário, sem mim.
Conceição Bentes

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A FORÇA E A CORAGEM



A Força e a Coragem


É preciso ter força para ser firme,
mas é preciso coragem para ser gentil.

É preciso ter força para se defender,
mas é preciso coragem para baixar a guarda.

É preciso ter força para ganhar uma guerra,
mas é preciso coragem para se render.

É preciso ter força para estar certo,
mas é preciso coragem para ter dúvida.

É preciso ter força para manter-se em forma,
mas é preciso coragem para ficar de pé.

É preciso ter força para sentir a dor de um amigo,
mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.

É preciso ter força para esconder os próprios males,
mas é preciso coragem para demonstrá-los.

É preciso ter força para suportar o abuso,
mas é preciso coragem para faze-lo parar.

É preciso ter força para ficar sozinho,
mas é preciso coragem para pedir apoio.

É preciso ter força para amar,
mas é preciso coragem para ser amado.

É preciso ter força para sobreviver,
mas é preciso coragem para viver.

Se você sente que lhe faltam a força e a coragem,
queira Deus que o mundo possa abraçá-lo hoje
com seu calor e Amor !

... e que o vento possa levar-lhe uma voz
que lhe diz que há um Amigo em algum lugar do Mundo
desejando que você esteja bem ...

© Sílvia Schmidt
POSTADO POR SOL HOFFMANN
http://comentandocomentado.blogspot.com

sábado, 4 de julho de 2009

AMOR NÃO E FILOSOFIA



Amor não é filosofia,
É exercício de vida,
É construção cotidiana,
Semeadura e colheita,
Resignação e atitude.
Permanente doação.

Amor não é filosofia.
Amor é dividir,
multiplicando.
Acolher o alheio
em nosso íntimo...
Amor é labor,
É como regar as flores...
Semear a messe...
Colher as rosas...

Amor não é filosofia,
É quimica agindo...
Física aplicada...
Matemática dos seres,
linguagem de beijos,
Geografia de corpos,
História de vidas.

Amor não é filosofia.
É vida conjugada,
Experiência dividida,
Prazer multiplicado
(Amor nem sempre é riso
Mas, também nem sempre é dor).

Amor é o divino no humano,
O infinito no efêmero.
Amor é a iniciação
À eternidade.
Ilumine-se:
Exercite o amor
todos os dias.


(Vaine Darde).
POSTADO POR PELOS CAMINHOS DA VIDA

terça-feira, 30 de junho de 2009

ASSUMINDO COMPROMISSOS



“Sim”, o guerreiro escuta alguém dizer. “Eu preciso entender tudo antes de tomar uma decisão. Quero ter a liberdade de mudar de idéia”.

O guerreiro olha com desconfiança esta frase. Também ele tem a mesma liberdade, mas isto não o impede de assumir um compromisso, mesmo que não compreenda exatamente porque fez isto.

Um guerreiro da luz toma decisões. Sua alma é independente como as nuvens no céu, mas ele está comprometido com seu sonho. Em seu caminho livremente escolhido, tem que acordar em horas que não gosta, falar com gente que não lhe acrescenta nada, fazer alguns sacrifícios.

Os amigos comentam: “você se sacrifica à toa. Você não é livre”.

O guerreiro é livre. Mas sabe que forno aberto não cozinha pão e então precisa concentrar-se e fechar-se em seu objetivo.

(paulo coelho)

segunda-feira, 29 de junho de 2009

abraço apertado


Abraço apertado
Descubro nesta floresta a clareira onde projecto criar o meu lugar. Com minhas mãos, escavo a terra, moldo o barro com que construo os tijolos. Desenho a forma, idealizo o sítio das coisas, absorvo o perfume fresco, saboreio os aromas e inspiro a minha criação. Neste pequeno espaço construo um mundo, como se fosse um Universo feito à medida da magia dos sonhos. Sei que nem sempre consegues ouvir-me como querias, sentir-me como desejarias, mas saberás sempre vir até esta clareira, no meio da floresta.

Espero, depois do anoitecer, para olhar pelo tecto do teu quarto e ver as estrelas indicarem o caminho secreto para o teu mundo. Enigma escondido entre constelações, abrigo onde me esperas e onde te encontro. Neste lugar, somos dois, ou até apenas um quando os corpos se unem num abraço. Tu, percebes em mim muito mais que eu, entendes como somos feitos dos mesmos átomos, e mesmo antes de te falar, sabes o que te digo.

Deixas-te estar, deitada a olhar, o céu profundo que até teu quarto vai para te espreitar, por entre essa janela pequena, junto ao telhado baixinho, sentes meu corpo em teu intimo, num detalhe paranormal que transcende todos os limites da nossa imaginação. Ficas ali, entre cores quentes, olhando a noite fria, e as estrelas brilhantes, distantes, mas tão perto do teu coração. E eu, detrás de ti, sentado, aconchego-te entre minhas pernas, num abraço apertado.

A voz do silencio




A Voz do silêncio...


Simples, rápido!

E quanta força!
Imediatamente me veio à cabeça
situações em que o silêncio
me disse verdades terríveis pois,
você sabe,
o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo.
Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.
Silêncios que falam sobre desinteresse,
esquecimento, recusas.
Quantas coisas são ditas na quietude,
depois de uma discussão.
O perdão não vem,
nem um beijo,
nem uma gargalhada
para acabar com o clima de tensão.
Só ele permanece imutável,
o silêncio, a ante-sala do fim.
É mil vezes preferível uma voz
que diga coisas que a gente não quer ouvir,
pois ao menos as palavras
que são ditas
indicam uma tentativa de entendimento.
Cordas vocais em funcionamento
articulam argumentos,
expõem suas queixas,
jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos
que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.
Quantas vezes,
numa discussão histérica,
ouvimos um dos dois gritar:
"Diz alguma coisa, mas não fica aí parado me olhando!"
É o silêncio de um mandando más notícias
para o desespero do outro.
É claro que há muitas situações
em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha com uma britadeira na rua,
o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche,
o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock,
o silêncio é um sonho.
Mesmo no amor,
quando a relação é sólida e madura,
o silêncio a dois não incomoda,
pois é o silêncio da paz.
O único silêncio que perturba é aquele que fala.
E fala alto.
É quando ninguém bate à nossa porta,
não há recados na secretária eletrônica
e mesmo assim você entende a mensagem.

(Marta Medeiros)
POSTADO POR SOL HOFFMANN

sábado, 27 de junho de 2009

UM DIA


Um dia você vai procurar no infinito e verás apenas uma estrela dizendo que fui embora. Pedirás a ela que lhe mostre o caminho, mas será inútil, pois apagarei minhas pegadas com a minha dor, mas não quero esquecê-la para que eu lembre que esse amor terá que morrer no passado.
Um dia a saudade ferirá seu peito, não que ainda tenha sido importante para você, mas porque fui inútil na sua vida.
E quando precisar de alguém nos momentos decisivos de sua vida, encontrarás apenas o vazio.
Certamente lembrarás de mim,e seus olhos impressivos chorarás lágrimas de sangue.
Um dia buscará minha poesia no pôr-do-sol e no despertar da lua, mas encontrarás apenas o silêncio e perguntarás: onde estás? E respostas não terás, porque até mesmo a natureza se negará a dizer.
Um dia, quando os seus sonhos forem derrubados pela incompreensão,sentirás no peito a flecha do arrependimento por não ter amado quem muito te amou.
A verdade é que um dia sentirás minha falta, mas será inútil chorar, pois suas lágrimas não me trará de volta,porém, farei delas um rio e navegarei para longe do porto onde estiveres.
Deixarei apenas a saudade para que ela te acompanhe onde andares. E ela lhe mostrará o quanto minha presença lhe faz falta.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

SEJAS UNICO...


Sejas único

Como a sombra inatingível
dos pássaros que atravessam
o dia findo;

Sendo o sussurro da luz do sol
entrando sem promessas
alimentando vertigens de calor

Sejas o olhar delicado
a cada estrela que te sonho,
sendo único como o faço
em meus instantes renovados


Conceição Bentes

SONHOS APARENTES


Sonhos Aparentes


Sou a canção que foge lenta
num cheiro mais de lassidão
que a brisa das tormentas

Olhando o mundo,
sou apenas um espectro
que refugia todo o meu eu
do qual fujo só

Entrego-me aos braços do vento
divina imensidão das cores,
as certezas que abalam,
antes do principio
ou depois do fim



Conceição Bentes

QUANDO O SILENCIO DORME...


Quando o silêncio dorme,
nós apagamos um pouco da nossa memória,
esperamos deixar espaços em branco,
rogamos que nos esvaziem memórias.

Quando o silêncio grita, clama,
por um pouco de companhia,
por umas poucas palavras
que nos guiem, nos orientem, nos encaminhem.

Quando o silêncio dorme,
vemos passar o nada, o vazio,
a solidão que nos empurra para grandes espaços
que nos agrilhoa

Quando o silêncio é silêncio,
na alma do nosso corpo,
no espaço da nossa memória
que tudo guarda, tudo fotografa,
tudo encaixa no nosso cérebro inconsciente de si, de nós, de todos.

Quando o silêncio dorme,
sinto-me acompanhado,
sinto-me não só, nesta vida
que nos quer solidão.

Quando o silêncio dorme,
apago momentos de memória,
construo outros recalcados,
deixo-os invadir a minha não solidão.

Quando o silêncio se quer silêncio,
pois para quê palavras.
Deixo o olhar cruzar olhares,
deixo-me ao abandono de mim.

Quando o silêncio dorme,
sorrio para o mundo.
Quer dizer que estou aqui,
que estás aqui, que me acompanhas,
que me guias, que me falas.


(c) Joaquim Guerra

branca de neve

cinderela magia

terça-feira, 23 de junho de 2009

INSONIA


INSONIA
Uma certa noite,

recostado em meu leito,

senti uma forte saudade

a corroer meu peito.




Munido do poder

somente aos poetas ofertado

viajei através do pensamento

e encontrei-me a seu lado.




Nesta viagem sem limites

pude rever-te e, naquele momento,

sentir a alegria me invadindo

banindo-me do sofrimento.




Estava você, como sempre, bela:

lábios carnudos, voz firme empostada

sorriso cativante, cabelos macios

pele jovial e bronzeada.




Ah, que momento maravilhoso!

Fez-me sentir um príncipe

ladeado por tão bela princesa...



Mas, de volta para a realidade


que nada tinha a ver com a nobreza,

fez-me somente o vazio contemplar.



É tudo o que sua ausência me proporciona;

fitei o vazio e voltei a pensar.




Onde estaria você naquele momento?

Certamente encantando um outro

pela sua presença embriagado,

pelo seu modo de ser envolto.




Na penumbra de meu quarto,

por um, talvez dois quartos de hora,

fiquei parado, o infinito a fitar

até minha lucidez ir embora.




Sua falta me arremessa ao vazio

que somente quem é especial oferece...

Então, por que não deixa seu orgulho de lado

esquece tudo o que passou e reaparece?

© Valter Montani

Revisão de Texto: Regina Azevedo

TRANS-PIRA-AÇÃO


Trans-pira-ação
O toque: As pontas dos cabelos nas ancas
Lembra: No ouvido sussurros gostosos
Imagem:Um cavalo árabe e o cio da potranca
Memória: pensamentos maliciosos e apetitosos

A pura raça de raça pura sem mistura
A fogosidade e a fogosa idade da meia idade
O tornozelo torna o zelo à preciosa a idade
A pele escura na pele branca uma tintura

Tira o fôlego põe o fôlego full ego
Respiração transpiração transe pira ação
Ação de respirar transa até pirar

Sumidade do sol da idade eu nego
A ação da imagem do coração em ação
Leva a excitar de ex-citar ao ressuscitar

(Ademar Oliveira de Lima)

MEU CORPO NU SO PARA RELAXAR


Devaneios
Meu corpo nu recebendo o ar
Meu corpo nu recebendo o mar
Meu corpo nu recebendo o luar
Meu corpo nu só para relaxar

Minha pele grossa para sua mão fina
Só me verá um dia se for da sua sina
Meus saltos e voos são tal como de rapina
Cabelos longos como a moda ensina

Meu corpo nu só para te excitar
Num oceano inteiro sou pequenina
Não saio nunca de meu canto mar

O sol, com sua luz, me ilumina
A lua banha em todo o meu bailar
Inexisto quando a ilusão termina!

(Ademar Oliveira de Lima)

O PODER DA IMAGEM


O poder da imagem
Ao longe miro a negra asa delta a voar
Entre as montanhas um pequeno clarão
Uma nevoa vem proteger a carne do ar
Há um ponto de luz forma de coração!

Da janela a delícia tamanha vejo
A rede preta prendendo a sereia
Logo alí no triângulo do desejo
Minha inspiração jorra pela veia

Asa delta, montanha, nevoa e veia
Coração, corpo, ar, negra teia
Arrepios e calafrios me consomem

Fechos os olhos e adormeço o puro homem
Para muitos uma imagem de consumo
Para mim uma imagem supra-sumo

(Ademar Oliveira de Lima)

DOIS EM UM


Dois em um
No espelho, olho os seus olhos nos olhos meus
Seus braços nos meus braços nossos abraços
Seus cabelos nos meus cabelos somos dois eus
Num só corpo e num único espaço dos espaços!

Sou você, sou eu, sou ele, sou ela e aos poucos
Pela cerca, picada, do circo emana meu ego artista
E se vê com você ao lado e de lado: dois loucos,
Com paixão, numa intensa compaixão intimista,

Renderem-se em pranto, sem encanto num canto
Sonhos, pesadelos. Uma verdade. Na inverdade
das imagens a sobreposição e sem posição sobre!

Novos e novas, velhos e velhas virgens em manto
Envolto de um amor platônico e sem alteridade.
Sou eu, sou você, sou eu sem você: Um ser podre!!

(Ademar Oliveira de Lima)

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A INTEIREZA DA VIDA


Ninguém vive pela metade.
O espaço de vida de cada um é o que cada qual tem de direito.
Se dura vinte ou cinquenta anos, não faz diferença.
O que conta é que uma vida é uma vida.
Não existe meio amor, meia felicidade, meia saudade.
Todo sentimento por si só é inteiro.
Ou a gente é feliz ou não é;
ou ama, ou não ama; ou quer, ou não quer.
Quando amamos, dúvida não existe;
se queremos realmente, dúvida não existe;
se somos felizes...cadê o espaço pra infelicidade,
se a felicidade toma conta de tudo?!
Então, se você se sente nesse meio caminho, talvez seja o
momento de parar e refletir um pouco na sua existência.
A vida é inteira, mas não temos a vida inteira para decidirmos
vivê-la intensamente. Temos o agora.
Há quem diga que pelo fato de ser jovem ainda tem tempo.
Mas quem, além de Deus,
sabe dizer a medida da vida de cada um?
Perdemos preciosos minutos no nosso hoje com a idéia que
amanhã as coisas acontecerão e que podemos esperar.
Quando começamos a medir e pesar nossos sentimentos,
não vamos a lugar algum.
Haverá sempre uma luta cerrada entre o coração que quer
viver e a razão que mede consequências.
Medindo dificuldades, não fazemos nada.
Se devemos medir alguma coisa, devem ser então as
possibilidades. Aí sim estamos no caminho certo.
Para os pessimistas uma pedra é um estorvo, para os
otimistas é um pedacinho do alicerce da própria vida.
O segredo está no olhar com que cada um vê as situações.
Só enfrentando os medos e desconhecidos é que
conseguiremos viver de forma inteira essa vida que se
oferece a nós em pedaços.
Ninguém disse que não há riscos.
Mas não é melhor arriscar do que viver o restante dos
nossos dias na infelicidade de se perguntar o que teria sido
se tivéssemos tentado?
Quando fizer alguma coisa, faça com a inteireza de coração.
Ame totalmente, ria totalmente, faça de tudo um todo.
A vida é bela demais para ser deixada em suspenso.
O amor é bom demais para que possamos vivê-lo em
pequenas partes, sem que o tornemos real e possivel.
Tente viver com a metade do seu coração e veja se consegue...
difícil ser feliz sem ser completo.
Impossível ser completo parado num caminho de indecisões.
O coração talvez não seja o melhor conselheiro, mas é o que
nos mantém vivos e que está sempre junto, sempre ligado a nós.
Deixe, pelo menos uma vez, que ele fale mais alto...
(Leticia Thompson).

A FORÇA DA AMIZADE


A força da amizade vence todas as diferenças...
Aliás...para que diferenças, se somos amigos?
Quando erramos, nos perdoamos e esquecemos...
Se temos defeitos, não nos importamos...
Trocamos segredos...
Respeitamos as divergências ...
Nas horas incertas,
sempre chegamos no momento certo...
Amigos sem cor... sem sexo... sem idade...
Amigo é só amigo...
Nos amparamos... nos defendemos... sem pedir...
fazemos porque nos sentimos felizes em fazer...
Nos reverenciamos... adoramos... idolatramos...
apreciamos... admiramos.
nos mostramos amigos de verdade,
quando dizemos o que temos a dizer...
Nos aceitamos, sem querer mudanças...
Estamos sempre presentes,
não só nos momentos de alegria,
compartilhando prazeres,
mas principalmente nos momentos mais difíceis...
Não tiramos a liberdade...
não sufocamos... não forçamos nossa presença...
Estamos perto quando de nós necessitam...
e ao nos afastarmos,
respeitamos sempre a individualidade alheia.
A amizade não se força...
Mas tem uma força que se
intensifica a cada instante...
É dessa maneira que sou teu (tua) amigo (a)!!!


(autor desconhecido).

ELEMENTOS FEMININOS



Elementos Femininos

- A Canção da Vida -

© Silvia Schmidt


Estava um mestre rodeado por seus pequenos alunos
quando um deles perguntou:

" Mestre, por que a beleza é representada por imagem de mulher? "

Pôs-se a dizer o Mestre :

" Observe a natureza e veja que o belo nela se manifesta
através de elementos femininos:

Como seria o céu sem As nuvens , A lua e As estrelas ?

Como se mostraria o sol sem A luz ?

O mar nos encantaria sem As águas e As ondas ?

Os bosques teriam perfume sem As árvores e As flores ?

O dia prometeria repouso se não houvesse A noite ?
t
Que força teria o fogo se não tivesse As chamas ?

Que frescor teria o solo sem A relva ?

Que alívio teríamos no verão se não caísse A chuva ?

Qual a beleza do inverno que não apresenta A neve ?

Haveria romance no outono sem As folhas
sopradas pelo vento ?

A primavera e suas flores não é A mais linda estação ?

Nossos corpos se moveriam se neles não corresse A vida ? "

O menino refletiu algum tempo e em seguida argumentou :

" Sim, são todos elementos femininos,
mas o senhor não falou sobre a mulher ... "

Respondeu-lhe o Mestre :

" Mas vou falar-lhe sobre o coração:
Nele estão A alma, A paixão e A alegria .
Nele está A beleza da cantiga que acalanta o homem ...
... e sua melodia é sempre uma Mulher ... "

O MEU ELIXIR



Exalo uma canção,

na melodia procuro acompanhar o que vivo,

no passado vejo a minha liberdade ao escrever...

Caso eu sorria,acredite é meu íntimo manifestando

o que sou...

Caso tenha lágrimas,é meu oceano despejando emoções...

Caso me conheça, só então me reconheça,

e se por ventura te sou diferente e estranha,

leia-me,tente me compreender,porque não só exalo a canção,

pois sou também a poesia,

haja verso, haja prosa,

eu canto...

SILENCIO


Silêncio

Da minha janela vejo a lua
e o vento vem me acariciar
já não me sinto tão sozinha
pois tenho o vento e o luar
Anjos tocam um silêncio
que faz lembrar você!
Nesta noite tão vazia
tão cheia de lembranças
meus sentimentos se confundem.
Levemente o sono
vem acalmar minha alma,
talvez amanhã meus sentimentos
não estejam mais confusos
mas você ainda continuara
em minha lembranças.

(Pricila Luiza Pinto)

PERSISTENCIA


Contarei sonhos
Para existir
Calar-me-ei
Perante incrédulos
Para não os ferir
Observarei flores
Para sorrir
Nem mesmo o não
De seus lábios
Fará-me desistir

(Sir E.G.)

IMAGINAÇÃO DO...


Um breve olhar ao horizonte
Atrai uma antiga lembrança
Da água caindo da fonte
Ou um sorriso de criança
.
Ao imaginar uma pessoa
Lembra de quem ama e sofre
Põe na cabeça da Rainha, a coroa
E espinhos na de um pobre
.
O amor é o tema mais presente
Em sua imaginação
O poeta é escravo desse sentimento
Sentindo a dor no coração
Por mais que se esforce
Nunca sai de seu pensamento.
.
Autora: Cláudia Valéria Miqueloti

LEMBRANCAS DE UM SONHO


.
O sonho se viu definhando
Não havia como escapar
Tudo o que desejava se dissolveu no ar
.
Os sentimentos não lhe diziam nada
O tempo deixou de existir
Quando seu coração decidiu partir
.
Abrigava no peito um fio de esperança
O qual arrebentara num toque de brisa
Do sonho restaram apenas vestígios de uma lembrança
Tal qual mancha do tempo numa velha camisa
.
Seu último suspiro saiu abafado
Sem forças desistiu de lutar
Sucumbiu e deixou-se ser guiado
Onde nenhum sonho ousara voltar
.
Autoria de Claudia Valéria Miquelot

SENHORA DA ESCURIDÃO



Um vento gelado açoita o corpo frágil
Transtornado pela dor pungente
Os passos trôpegos, as pupilas dilatadas
Buscam descanso aos membros dormentes.
.
Murmurando numa língua antiga
Um suave acalanto envolvente
Ela tenta se libertar das correntes invisíveis
Dos sentimentos que corroem o peito ardente.
.
Nuvens carregadas movem-se no alto
Bruscamente o vento muda de direção
Ao longe avista o abrigo perfeito
Os pés ligeiros levam-na dentro da escuridão.
.
Tateando as paredes, aprofunda-se na caverna
Tremores sacodem seu corpo fatigado
Não teme o desconhecido, segue adiante
Ouve-se ao fundo um clamor angustiado.
.
As forças esvaem-se, ela bem sabe
Raciocínio rápido, toca o cabo da espada
Um arrepio de medo penetra a pele
Casulos pendidos ao teto, formas difusas na entrada.
.
A anfitriã deveria ter saído, pensava
O olhar buscava um suspiro de vida
A sua direita um dos casulos dançava
A lâmina afiada abriu uma fenda.

Um gemido agudo doeu-lhe n'alma
Longas passadas, enlaçou o pequeno
Quanto tempo ainda lhe restava
Antes que surtisse efeito, o veneno.
.
Audição apurada, o corpo gira
A negra criatura chegara sorrateira
Pulso preso, respiração ofegante
Soerguendo a espada arrebenta a teia.
.
O pequeno, tremendo, procura esconderijo
Bailam as patas numa rapidez eminente
Um grito irado vibra no ar
A arma élfica perfura o negro ventre.
.
O imenso corpo tomba inerte
Suada e dolorida carrega a criança
Uma suave brisa acaricia seu rosto
Como a oferecer uma trégua, esperança.
.
Último recurso a grande deusa
Corpo e alma entregarás
A salvação dele, sua perdição
Um pacto eterno selarás.
.
As correntes foram rompidas
Essência do saber - liberdade
És senhora da escuridão
Tece seu destino pela eternidade.
.
Autora: Cláudia Valéria Miqueloti (Chellot) ou se prefirirem Bruxinhachellot

O AMOR E COMO UMA SETA


O amor é como uma seta
Lançada sem direção
Não tem alvo, não tem reta
Não escolhe coração

Felicidade disse alguém:
É a maior conquista de um ser.
Então serei feliz eternamente
Pelo fato de amar você.

Amor profundo
Segredo do mundo
Guardado no fundo
De um espaço sem lugar
De uma luz sem luar
De uma tristeza no olhar

Hoje sonhei com você
E não quis mais acordar
Com medo de te perder
Só quero pensar em te amar

Autoria de Cláudia Valéria Miqueloti (Chellot)

PORTAL DA ROCHA


O sol rasga os panos do horizonte
Em pacífico brilho de sua magnitude…
Cadenciado ondular que em mar bronze,
Excelsa beleza no marulhar da virtude!

A rocha na ânsia do dia, bebe sedenta do mar,
Firmada num profundo e desigual chão azul …
Cristalizadas águas reflectem o planar,
Das majestosas e imperais… gaivotas do sul!

Gostava que comigo
Desse asas á sua imaginação,
No… “Portal da rocha… penedo do guincho!”

domingo, 21 de junho de 2009

ENTRE o CEU e a TERRA

 
Posted by Picasa


Entre o céu e a terra...


© Letícia Thompson

Como sonhar é bom! Nos dá aquela sensação de que os fardos são mais leves, mais suportáveis. Sonhar é esquecer-se por algum tempo dos problemas, imaginar o inimaginável, viajar por terras longínquas e não encontrar soluções para os problemas... pois estes simplesmente não existem!
Eu não diria que a vida é cruel. Ela é estática. Mas as situações, em certas circunstâncias, são difíceis de se enfrentar. Existe esse momento na vida onde nos encontramos num beco sem saída, onde nossos porquês ficam sem respostas e tudo o que conseguimos fazer é chorar e levar o pensamento ao céu como último recurso. E ninguém é poupado, que seja rico ou pobre. Pouco importa o tamanho dos problemas, todos estão à mercê e cada um sabe o peso da sua cruz.
E são nessas horas que sair um pouquinho do chão pode ser benéfico. São as asinhas que criamos e que nos levam a qualquer direção, nos dão a idéia de liberdade e nos ajudam a recuperar as forças para quando os pés pisarem a terra novamente.
Esses momentos de leve fuga são importantes, mas que não sejam intermináveis. Fugir da realidade não resolve problemas e a queda pode ser ainda mais dura se longa for a viagem.
É se enfrentando nossos monstros que aprendemos a não ter medo deles, que aprendemos que, embora assustadores, podemos ser mais fortes, não por que somos gigantes, mas por que temos em nós um Pai de onde podemos tirar forças.
Que possamos aproveitar nossos momentos de evasão para apreciar do alto as belezas que a vida nos oferece, mas que sejamos sábios o bastante para colocar os pés no chão e enfrentar a realidade que, embora dura muitas vezes, não é e não pode ser mais forte que nós.
A Cruz, fincada no chão e apontando os céus nos mostra que, embora plantados na terra, temos no Alto nossa saída, nossa escapatória, nossa libertação.

DEUS COSTUMA



Deus costuma...


"Deus costuma usar a solidão
para nos ensinar sobre a convivência.

Às vezes, usa a raiva,
para que possamos compreender
o infinito valor da paz.

Outras vezes usa o tédio,
quando quer nos mostrar a importância da aventura e do abandono.

Deus costuma usar
o silêncio para nos ensinar sobre a responsabilidade
do que dizemos.

Às vezes usa o cansaço,
para que possamos
compreender
o valor do despertar.

Outras vezes usa doença,
quando quer nos mostrar
a importância da saúde.

Deus costuma usar o fogo,
para nos ensinar sobre água.

Às vezes, usa a terra,
para que possamos
compreender o valor do ar.

Outras vezes usa a morte,
quando quer nos mostrar
a importância da vida".

(Fernado Pessoa)